A VACINA DO SAPO
A rã verde - Phyllomedusa bicolor, apelidada de sapo Kambô, é a maior espécie do gênero da família Hylidae,
encontrada no sul da Amazônia e em todo o território do Acre, podendo
ser encontrado também em quase todos os países amazônicos, como as
Guianas, Venezuela, Colômbia, Peru e Bolívia. Principalmente no período
das chuvas, sob árvores próximas aos igarapés. Onde coaxam por toda
noite, anunciando chuva no dia seguinte.
Mas,
é na madrugada, que são "colhidos" pelos pajés e xamãs tribais a fim de
retirarem sua secreção cutânea, para fazer a "vacina do sapo".
O
kambô é uma rã Amazônica cuja secreção é um antibiótico natural
poderoso capaz de combater e eliminar distúrbios no ser humano, elevando
o sistema imunológico.
Médicos
que já tomaram e pesquisaram o Kambô dizem e acreditam que ela possa
ser eficaz no tratamento que vai do Câncer à AIDS, e qualquer outro tipo
de distúrbio crônico ou não, pois ela atua como um reforçador do
sistema imunológico destruindo as membranas celulares das bactérias.
O
Kambô é um remédio indígena e para os pajés a doença é um espírito
negativo que combate a pessoa. O índio toma o Kambô para afastar o
inimigo, também para tirar o desânimo, falta de vontade para caçar,
namorar, má sorte, tristeza, fraqueza mental, espiritual, física, baixa
estima e desarmonia com a natureza.
Na
floresta Amazônica esse remédio é indicado porque traz felicidade para
quem a toma, como também, para trazer sorte ao caçador que anda com má
sorte. Quando se toma o Kambô a caça se aproxima curiosamente do
caçador; pois quem a toma emite um tipo de luz verde, e é isso que faz a
caça se aproximar. Também serve para desentupir as veias do coração
fazendo circular a emoção, o sentimento e o amor.
Uso Tradicional
Tomar
a vacina do sapo é uma prática antiga com fins medicinais, muito
difundida entre os povos indígenas do Brasil e do Peru. A "medicação"
consiste em uma secreção cutânea retirada da rã Kambô (Phyllomedusa
bicolor). A finalidade mais procurada é "tirar a panema", ou seja,
afastar a má sorte na caça e com as mulheres. Existem variações nos
rituais e nomes dados ao sapo verde. Na história antiga dos Kaxinawás, o
sapo kampu (nome utilizado pelo povo Kaxinawá), era o chefe do "nixi
pëi", bebida preparada com o cipóBanisteriopsis caapi (mesmo cipó que produz a Ayahuasca).
Já
os Katukinas, nunca os matam, pois dizem que poderão ser picados por
cobras, onde a vacina é o veneno retirado do sapo kambô. Para os
Ashaninkas, quando o sapo wapapatsi canta perto da casa, o dono tem que
apanhá-lo, queimar os pulsos e dormir. Bem cedo, tem de preparar um
mingau bem forte e bater nas costas do sapo, para ele soltar o veneno
que será passado sobre a pele. Entretanto, o remédio somente terá
resultado, se o caçador seguir as regras.
A
vacina do sapo é considerada um remédio para muitos males pelas
populações indígenas da floresta Amazônica, curando desde amarelão até
dores em geral. Hoje, a vacina do sapo é utilizada também por
seringueiros e vem sendo aplicada por alguns curandeiros nas cidades de
Cruzeiro do Sul/AC e Rio Branco/AC.
O
efeito da vacina do sapo é curto, porém muito forte: "uma forte onda de
calor, que sobe pelo corpo até a cabeça. A dilatação dos vasos
sanguíneos parece provocar uma circulação mais veloz do sangue, deixando
o rosto vermelho e, em seguida a pessoa fica pálida, a pressão baixa,
podendo provocar náuseas, vômito e/ou diarréia. Durando cerca de 15
minutos. Sensação desagradável, que aos poucos retorna a normalidade, e a
pessoa se sente mais leve, como se tivesse feito uma boa limpeza,
causando uma maior disposição".
Pesquisa internacional
Pesquisas científicas vem sendo realizadas sobre as propriedades da secreção daPhyllomedusa bicolor desde
a década de 80. O primeiro a "descobrir" as propriedades da secreção
para a ciência moderna, foi um grupo de pesquisadores italianos.
Amostras das rãs foram levadas do Peru por um pesquisador para os EUA.
(Pesquisador que já tinha pesquisado e patenteado anteriormente
substâncias da rã Epipedobates tricolor, utilizada tradicionalmente pelos povos indígenas do Equador).
Também
foram publicadas pesquisas sobre as propriedades da secreção por
pesquisadores franceses e israelitas. Mais recente, a Universidade de
Kentucky (EUA) está pesquisando (e patenteando) uma das substâncias
encontradas na secreção do sapo em colaboração com a empresa
farmacêutica Zymogenetics.
Diversos
laboratórios internacionais já estão interessados no veneno do kambô
para desenvolver um medicamento que pode levar à cura do câncer.
Resultados surpreendentes
As pesquisas revelaram que a secreção do Phyllomedusa bicolor contém
uma série de substâncias altamente eficazes, sendo as principais a
dermorfina e a deltorfina, pertencentes ao grupo dos peptídeos. Estes
dois peptídeos eram desconhecidos antes das pesquisas com o Phyllomedusa bicolor.
Dermorfina é um potente analgésico e deltorfina pode ser aplicada no
tratamento da Ischemia. (um tipo de falta de circulação sanguínea e
falta de oxigênio, que pode causar derrames). As substâncias da secreção
do sapo também possuem propriedades antibióticas e de fortalecimento do
sistema imunológico e ainda revelaram grande poder no tratamento do mal
de Parkinson, AIDS, câncer, depressão e outras doenças. A Deltorfina e
Dermorfina hoje estão sendo produzidos de forma sintética pelos
laboratórios farmacêuticos.
Doenças combatidas pelo kambô
O
medicamento vem sendo desenvolvido e mostrado bons resultados nas
pessoas que se encontram com dores e inflamação em geral: musculares,
coluna, ciática, artrite, reumáticas, tendinite, enxaqueca e outros.
Cansaço nas pernas, dor de cabeça crônica, asma, bronquite, rinite,
sinusite, acne, alergias, gastrite, úlcera, diabetes, pressão arterial,
obesidade, problemas circulatórios, formigamento, retenção de líquido,
colesterol, cateterismo, doenças do coração em geral, hepatite, cirrose,
malária (aguda) e pós malária, labirintite, epilepsia, TPM,
irregularidades menstruais, infertilidade, impotência, redução da
libido, depressão e suas conseqüências, ansiedade, insônia, irritação,
insegurança, nervosismo, medo, stress, fadiga, sistema nervoso abalado,
esgotamento físico, mental, emocional, desintoxicação, dependência
química e tabagismo são algumas das possíveis doenças tratadas pela
Vacina do Sapo.
Trata
distúrbios nos órgãos genitais, pulmão, rim, vesícula, baço-pâncreas,
bexiga, coração, estômago, intestino, tiróide, fígado, garganta.
Reação
A reação da vacina dura cinco minutos. Nesse tempo ocorrem limpeza no campo físico, energético, emocional e espiritual.
Após
cinco minutos a sensação é de limpeza, leveza, tranqüilidade, bem
estar, paz interior e conscientização do desequilíbrio ou distúrbio a
ser tratado. Depois de 30 minutos da aplicação, a pessoa já está apta
para suas atividades normais.
O
kambô é indicado para qualquer tipo de pessoa que tenha algum tipo de
distúrbio ou desequilíbrio. Purifica o sangue e trata todos os processos
agudos e crônicos do organismo. É também indicado para pessoas que
aparentemente não apresentam nenhum sintoma, mas busca se conhecer e
imunizar o corpo. Atua na percepção, intuição nos sonhos, 3ª visão, no
inconsciente e nos bloqueios que impedem o fluxo da energia vital. Há
contra-indicação no caso de mulheres grávidas e no ciclo menstrual, já
que pode causar hemorragias, devido à dilatação dos vasos sangüíneos,
assim como em crianças menores de dez anos.
Aplicação é indolor e os efeitos imediatos A
coleta da substância da rã é feita sem machucá-la, no tempo certo e na
lua certa. Conhece-se o animal pelo canto. Logo que a secreção é
retirada, ele é devolvido a mata. Após seis meses a rã pode ser
reutilizada.
Na
aplicação não utilizam-se agulhas. São feitos os pontos para introduzir
a vacina no organismo com um cipó em brasa (lembra um incenso), fazendo
uma leve escamação na pele, em contato com a pele, retira um pedaço
pequeno, deixando a circulação exposta, onde é aplicada a substância. O
cipó usado é anti-inflamatório e após a aplicação não é necessários
cuidados especiais, pois a cicatrização dos pontos é rápida. O
tratamento é composto de três aplicações com intervalo de 30 dias para
cada aplicação.
A
aplicação diferencia do sexo, nas mulheres, os pontos são feitos na
batata (paturrilha) da perna. Nos homens são feitos no braço.
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