Bandagem como fazer

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Bandagem para tendinite do tendão patelar



Conforme prometido, passei o feriadão imaginando alguns posts legais como forma de me redimir das duas últimas semanas de abandono. A primeira coisa que me veio à cabeça foi ensinar o passo-a-passo da técnica de bandagem para tendinite do tendão patelar (Jumper`s Knee). Pois bem, antes de iniciar, aviso a todos que esta bandagem é específica para casos de Tendinite do Tendão Patelar , e não tem efeito em pacientes com disfunção fêmuro-patelar, ou quaisquer outros problemas articulares envolvendo o joelho.

Uma dica: Durante o seu exame físico, inclua um teste simples de isometria de quadríceps. A presença de dor sobre o tendão patelar durante a isometria (realizada com o joelho em extensão, conforme a figura abaixo) é sugestiva de que ao menos parte do problema do seu paciente pode estar sendo causado por uma tendinite do tendão patelar.

Uma vez identificado o tendão patelar como fonte das dores do seu paciente, você pode decidir aplicar uma bandagem como forma de dispersar as forças, reduzindo a dor, e minimizando o stress mecânico sobre o tendão. Então o primeiro passo é identificar o tendão por meio da palpação, lembrando que ele está situado entre a patela e a tuberosidade da tíbia. Veja a figura abaixo.


Estas fotos foram tiradas aproveitando a boa vontade de um estagiário de fisioterapia. Utilizei o material que eu tinha em mãos naquele momento, ou seja: um rolo fino de esparadrapo tipo micropore (como vcs podem ver na foto abaixo, precisei colar duas tiras, uma ao lado da outra para ter uma largura boa o suficiente) e um outro rolo de esparadrapo comum. O ideal mesmo é que sejam utilizadas bandagens específicas, que não são fabricadas no Brasil. Mas se assim como eu você não tiver este material, utilize os produtos tupiniquins. Não são tão duráveis ou antialérgicos como os importados, mas vão funcionar. Outra dica importante: Limpe a área que vai receber bandagem com álcool, pois você tira a gordura da pele garantindo uma melhor aderência do esparadrapo.
Primeiro Passo: Aplique uma tira de esparadrapo antialérgico sobre o tendão patelar, conforme a figura abaixo.





Segundo Passo: Cole duas tiras de esparadrapo comum nas bordas do esparadrapo antialérgico. A tira mais comprida na borda lateral e a mais curta na borda medial, conforme a figura abaixo.


Terceiro Passo: Existe um bom motivo para que estas duas tiras tenham sido aplicadas do jeito que eu mostrei. Basicamente você vai aproximar com os dedos a região sobre o tendão patelar que está coberta apenas com o esparadrapo antialérgico, como na figura abaixo. Em seguida você vai colar as pontas das duas tiras de esparadrapo comum.

Quarto Passo: Você vai colar as duas pontas do esparadrapo comum. Preste atenção na figura... apenas as pontas ! O objetivo aqui é formar um triângulo com o esparadrapo enquanto você mantém a aproximação da pele ( a pele deve ficar enrugada como na foto). Depois de formado o triângulo, vá colando as pontas de forma a reduzir o tamanho do triângulo enquanto você mantém a pele e o esparadrapo antialérgico aproximados entre seus dedos. Detalhe importante: A minha mão esquerda mantém-se tracionando o ápice do triângulo durante todo o processo.


Quinto Passo: Tá quase terminado! Agora que você já uniu as duas tiras de modo a manter a região central enrugada com sucesso, você vai descobrir porque a tira da borda lateral tinha de ser mais comprida. Mantenha a tração sobre as tiras e tracione-as medialmente e cole sobre o esparadrapo antialérgico como na figura abaixo.





Fim: Este é o aspecto final da bandagem. Solicite ao paciente realizar os moviementos que causavam dor. Se você aplicou a bandagem corretamente vai haver uma redução significativa na dor. Esta bandagem deve ser retirada em no máximo 48hs sob risco de causar alergia e ferir a pele do paciente. Se esta bandagem funcionar e o paciente tiver condições financeiras, Sugira a ele(a) adquirir um brace patelar, o qual será muito mais prático e terá um efeito parecido (embora em casos mais graves, as adaptações possíveis de serem feitas com bandagem possam ser mais eficazes)


Um detalhe importante que eu esqueci de mencionar e que foi gentilmente lembrado pelo Pada em um comentário: Se esta bandagem não tiver o efeito esperado podemos pensar em algumas hipóteses: a técnica foi aplicada errada, a avaliação foi insuficiente levando a um diagnóstico errado, existe inflamação importante no tendão e a bandagem não será suficiente para o tratamento.
Lembre-se que esta técnica de bandagem é coadjuvante no tratamento. Quero salientar este aspecto, pois a bandagem vai gerar um conforto pela redução da dor e reduzir um pouco o stress mecânico sobre o tendão, mas de forma alguma deve ser considerada isoladamente como tratamento.
Fonte: http://fisioterapiahumberto.blogspot.com/2009/04/bandagem-para-tendinite-do-tendao.html




Como colocar a Bandagem Elástica? E quais os benefícios?


bandagem Como colocar a Bandagem Elástica? E quais os benefícios?
Sem dúvida a Bandagem Elástica é hoje uma das melhores formas de proteger as mãos quando se faz prática de Boxe, Muay Thai e etc. Do iniciante no esporte ao Campeão Mundial dos Pesos Pesados, 99,9% fazem o uso de uma boa Bandagem Elástica.

Benefícios da Bandagem Elástica

A principal função das bandagens é proteger os ossos e tendões das mãos, ajudando a evitar lesões como fraturas e torções. As lesões mais comuns dentro das academias geralmente são provocadas por iniciantes que não fizeram o uso das bandagens de forma correta e terminam um treino de bater saco com as mãos “esfoladas”.
Para mulheres e crianças são aconselháveis as bandagens de três metros. Seu tamanho é suficiente para a proteção. Já as de cinco metros são indicadas para os adultos, pessoas que treinam mais pesado e atletas, pois seu tamanho maior potencializa a capacidade de proteger as mãos, dando segurança suficiente para qualquer tipo de treinamento.

Como usar as Bandagens Elásticas

Fazer a bandagem ou “fazer a mão” de um lutador acabou se convertendo em um mito, como se fosse algo mágico ou até mesmo “espiritual”. Alguns treinadores mais velhos, muitas vezes buscando valorizar-se, frequentemente falam sobre o assunto com ar doutoral insinuando que existem muitos segredos neste ponto.
A razão principal para que se use a bandagem é para proteger os ligamentos e tendões das mãos. Ele apanha as baixas frequências quando se aplica o golpe, sendo que a luva protege das altas frequências.
Existem várias maneiras de se colocar a Atadura ou Bandagem para treinos de Kickboxing, Muay Thai ou Boxe, cada um à sua maneira. As variações de professor para professor são muitas, existem “many” maneiras diferentes de se colocar a atadura e todos de maneira que protejam os punhos e pulsos, ou seja, todos eficazes em seu objetivo. Escolha sempre a maneira que se adequar melhor a sua utilização, gosto e em que você se sinta mais confortável.
Aqui vamos mostrar um procedimento básico que é recomendo a maioria dos praticantes de Boxe e Muay Thai. A partir dele, podemos reforçar certas áreas e aliviar outras, pois cada lutador é diferente entre si. Mas a base deve ser esta que é a usada no amadorismo.
como colocar bandagem elástica Como colocar a Bandagem Elástica? E quais os benefícios?
Sempre comece pelo pulso e avançando para frente, nunca ao contrário, pois a pressão tem de ir ao encontro com a baixa frequência que vem para a mão depois de aplicado o golpe. Se no exemplo das imagens acima foram aplicadas duas voltas no pulso, na bandagem do profissional de 5 metros, podem-se aplicar mais voltas e reforçar o polegar um pouco mais.bandagem elástica pretorian Como colocar a Bandagem Elástica? E quais os benefícios?

Dica da Mundomax

Nós da Mundomax recomendamos as Bandagens da Pretorian Hard Sports, por possuírem todos os pré-requisitos de uma excelente bandagem: Tamanho, qualidade do material, elasticidade, alça para o dedão e velcro na hora de finalizar.


BANDAGEM




1. INTRODUÇÃO

Bandagem é a aplicação de faixa de tecidos, gazes, crepom, elástica, que se adapta de modo confortável a uma região do corpo. Tem como finalidades: exercer pressão sobre uma parte do corpo; imobilizar uma região; fixar curativos, proteger feridas, manter estética no curativo; possibilidade de maior mobilidade (nutrição da cartilagem, evitar atrofia muscular, trabalho linfático e venoso); reabsorção de hematomas e edemas e melhora a propriocepção no caso do uso de bandagens no ombro método utilizado na fisioterapia.



2.DESENVOLVIMENTO


Os procedimentos que devem ser seguidos para a aplicação da bandagem são: 

-Posicionar a parte do corpo a ser enfaixada em uma posição confortável de alinhamento anatômico normal. As faixas provocam imobilização executada em posição de funcionamento normal da parte do corpo envolvida reduz os riscos de deformações ou lesões.
-Evitar o atrito entre e contra as superfícies de pele aplicando gaze ou coxins de algodão. As superfícies de pele em contato (como por exemplo, entre os dedos, abaixo das mamas) podem roçar entre si provocando escoriações ou irritação local. Faixas colocadas sobre protuberâncias ósseas podem roçar contra a pele e provocar rupturas.
-Colocar as faixas firmemente para evitar que escorreguem durante a movimentação do paciente. A fricção entre a faixa e a pele pode provocar rupturas da pele.
-Ao enfaixar as extremidades, colocar a faixa firmemente, com igual tensão exercida sobre cada volta. Evitar o excesso de superposição de camadas de faixas. Este procedimento evita a distribuição desigual de pressão sobre a parte do corpo enfaixada. A pressão localizada provoca o comprometimento circulatório.
-Posicionar esparadrapo, nós ou laçadas longe de feridas ou de quaisquer áreas sensíveis da pele. Os esparadrapos e laços utilizados para fixar as faixas podem exercer pressão localizada e irritação.


Observações: 

01. Deve-se explicar o que vai fazer ao paciente antes de se iniciar o procedimento.
02. Colocar-se de frente para o paciente.
03. Colocar a atadura sobre o segmento corporal, de modo que o rolo se abra para cima. Na primeira e segunda volta fazer a lacinia.
04.Aplicar no sentido do ponteiro de um relógio, salvo se a pessoa é canhota.
05. Segurar a extremidade com a mão esquerda, enquanto a direita leva o rolo.
06. Ao passar a atadura, as duas mãos devem tracionar o rolo uniformemente.
07. Desenrolar a atadura à medida que for atingindo a superfície corporal.
08. Correr com o rolo sempre da esquerda para a direita.
09. Todas as voltas deverão sempre percorrer o caminho mais curto; do contrário deslocam-se com facilidade.
10. A porção terminal da atadura não deverá ser aplicada em parte do corpo que se estreita porque se desajusta facilmente.
11. A largura da atadura deve ser de acordo com o diâmetro do membro ou parte do corpo a ser enfaixado.
12. Caso queira exercer compressão maior, as ataduras deverão ser acolchoadas.
13. Caso seja necessário um segundo rolo de atadura, coloca-se a sua extremidade inicial sob a extremidade terminal primeira.
14. Para se retirar a atadura caso ela esteja aderente, deve-se umedece-la com soro fisiológico aquecido. Devem ser removidas com luvas e colocadas em saco plástico. Ao retira-la deve-se ir gradativamente enrolando-a.




Tipos de enfaixamento: 


CIRCULAR:



A volta da faixa superpõe completamente a volta anterior.
Finalidade: Prende uma faixa na primeira e na ultima volta, cobre uma parte do corpo de tamanho reduzido (por exemplo, dedo da mão ou do pé).



ESPIRAL:



A faixa vai subindo pela parte do corpo e cada volta vai se sobrepondo à volta anterior cobrindo a metade ou dois terços da faixa.
Finalidade: Cobre partes cilíndricas do corpo, tais como, cintura ou extremidades superiores.



ESPIRAL INVERSA:



A volta exige uma torção (inversa) da faixa na metade do caminho de cada rotação.
Finalidade: Cobre partes do corpo em forma de cone, tais como, o antebraço, coxa ou panturrilha; é útil com bandagens inelásticas, tais como, gaze ou flanela.



EM OITO:



Rotações da faixa em superposições oblíquas e alternadas, subindo e descendo sobre a parte enfaixada; cada volta cruza a anterior para formar a figura de um oito.
Finalidade: Cobre as articulações; o ajuste apertado de faixa fornece uma excelente imobilização.



RECORRENTE:



A faixa é primeiramente segura com duas voltas circulares ao redor da extremidade proximal da parte do corpo em questão; faz-se uma meia-volta perpendicular para cima a partir da ponta da faixa; o corpo da afixa é trazido sobre a extremidade distal da parte do corpo a ser coberta e cada volta é dobrada sobre si mesma.
Finalidade: Cobre partes irregulares do corpo, tais como, a cabeça ou um membro amputado.







Um trabalho realizado em uma reunião clínica de fisioterapia no Hospital Salgado Filho, em janeiro de 2002, o fisioterapeuta mostra com bastante objetividade a eficácia da bandagem de ombro no meio clínico. A bandagem de ombro tem como efeito, melhorar o feedback proprioceptivo e ajuda a melhorar o ritmo escápulo-umeral e a posição da articulação. Os procedimentos primários para o uso de bandagem são a limpeza do excesso de óleo da pele, aplicação de um adesivo hipoalérgico com gel sem tensão para então aplicar uma fita rígida, de óxido de zinco com tensão.
Neste trabalho o doutor mostra os vários métodos de bandagem no ombro e a sua função, como os que se seguem:

-Alça de Aliingham: utilizada nos casos de síndrome do manguito rotator (casos agudos e sub-agudos). Melhora a capacidade de contração do grupo longitudinal de fibras do trapézio e permite reparo apropriado do supraespinhoso por aumento do espaço subacromial.

-Alça de Watson: utilizada em pacientes com “ombros caídos”, melhora a propriocepção e feitos mecânicos.

-Bandagens de estabilização de escápula: inibição do trapézio superior utilizando grupo lateral de fibras musculares para reduzir o recrutamento.

Facilitação do serrátil anterior e rombóides.



Facilitação da retração escapular e depressão.

-Alça Acrômio-Clavicular: reabilitação de lesões de ligamentos ao redor da articulação acrômio clavicular.



-Alça de Rigney: possui um efeito mecânico, onde reduz a rotação externa disponível no ombro na abdução e um efeito proprioceptivo, melhora o feedback aferente para o sistema nervoso central. O córtex sensório motor passa a acreditar que a cápsula e os músculo estão em melhor comprimento do que na realidade = contração antagonista para limitar o problema de movimento, orientando apropriadamente a cabeça do úmero e reduzindo a abertura anterior.





3.CONCLUSÃO

A bandagem é uma modalidade amplamente utilizada e tem demonstrado grandes benefícios no meio clínico. Tem muitas funções como a de exercer pressão sobre uma parte do corpo; imobilizar uma região; fixar curativos, proteger feridas. São vários os tipos de bandagem, são especificas para cada caso, e várias são as técnicas que os profissionais de saúde devem saber para aplica-la. A bandagem e o retreinamento do movimento tem o adicional de fazer o paciente estar ciente do todo, que é alterar os fatores do caso da lesão e reduzir a probabilidade de recidivas. Este efeito e o alívio dos sintomas podem tornar a bandagem uma importante parte da reabilitação.
 
BANDAGEM



1. INTRODUÇÃO

Bandagem é a aplicação de faixa de tecidos, gazes, crepom, elástica, que se adapta de modo confortável a uma região do corpo. Tem como finalidades: exercer pressão sobre uma parte do corpo; imobilizar uma região; fixar curativos, proteger feridas, manter estética no curativo; possibilidade de maior mobilidade (nutrição da cartilagem, evitar atrofia muscular, trabalho linfático e venoso); reabsorção de hematomas e edemas e melhora a propriocepção no caso do uso de bandagens no ombro método utilizado na fisioterapia.



2.DESENVOLVIMENTO


Os procedimentos que devem ser seguidos para a aplicação da bandagem são:

-Posicionar a parte do corpo a ser enfaixada em uma posição confortável de alinhamento anatômico normal. As faixas provocam imobilização executada em posição de funcionamento normal da parte do corpo envolvida reduz os riscos de deformações ou lesões.
-Evitar o atrito entre e contra as superfícies de pele aplicando gaze ou coxins de algodão. As superfícies de pele em contato (como por exemplo, entre os dedos, abaixo das mamas) podem roçar entre si provocando escoriações ou irritação local. Faixas colocadas sobre protuberâncias ósseas podem roçar contra a pele e provocar rupturas.
-Colocar as faixas firmemente para evitar que escorreguem durante a movimentação do paciente. A fricção entre a faixa e a pele pode provocar rupturas da pele.
-Ao enfaixar as extremidades, colocar a faixa firmemente, com igual tensão exercida sobre cada volta. Evitar o excesso de superposição de camadas de faixas. Este procedimento evita a distribuição desigual de pressão sobre a parte do corpo enfaixada. A pressão localizada provoca o comprometimento circulatório.
-Posicionar esparadrapo, nós ou laçadas longe de feridas ou de quaisquer áreas sensíveis da pele. Os esparadrapos e laços utilizados para fixar as faixas podem exercer pressão localizada e irritação.


Observações:

01. Deve-se explicar o que vai fazer ao paciente antes de se iniciar o procedimento.
02. Colocar-se de frente para o paciente.
03. Colocar a atadura sobre o segmento corporal, de modo que o rolo se abra para cima. Na primeira e segunda volta fazer a lacinia.
04. Aplicar no sentido do ponteiro de um relógio, salvo se a pessoa é canhota.
05. Segurar a extremidade com a mão esquerda, enquanto a direita leva o rolo.
06. Ao passar a atadura, as duas mãos devem tracionar o rolo uniformemente.
07. Desenrolar a atadura à medida que for atingindo a superfície corporal.
08. Correr com o rolo sempre da esquerda para a direita.
09. Todas as voltas deverão sempre percorrer o caminho mais curto; do contrário deslocam-se com facilidade.
10. A porção terminal da atadura não deverá ser aplicada em parte do corpo que se estreita porque se desajusta facilmente.
11. A largura da atadura deve ser de acordo com o diâmetro do membro ou parte do corpo a ser enfaixado.
12. Caso queira exercer compressão maior, as ataduras deverão ser acolchoadas.
13. Caso seja necessário um segundo rolo de atadura, coloca-se a sua extremidade inicial sob a extremidade terminal primeira.
14. Para se retirar a atadura caso ela esteja aderente, deve-se umedece-la com soro fisiológico aquecido. Devem ser removidas com luvas e colocadas em saco plástico. Ao retira-la deve-se ir gradativamente enrolando-a.



Tipos de enfaixamento:


CIRCULAR:



A volta da faixa superpõe completamente a volta anterior.
Finalidade: Prende uma faixa na primeira e na ultima volta, cobre uma parte do corpo de tamanho reduzido (por exemplo, dedo da mão ou do pé).



ESPIRAL:



A faixa vai subindo pela parte do corpo e cada volta vai se sobrepondo à volta anterior cobrindo a metade ou dois terços da faixa.
Finalidade: Cobre partes cilíndricas do corpo, tais como, cintura ou extremidades superiores.



ESPIRAL INVERSA:



A volta exige uma torção (inversa) da faixa na metade do caminho de cada rotação.
Finalidade: Cobre partes do corpo em forma de cone, tais como, o antebraço, coxa ou panturrilha; é útil com bandagens inelásticas, tais como, gaze ou flanela.



EM OITO:



Rotações da faixa em superposições oblíquas e alternadas, subindo e descendo sobre a parte enfaixada; cada volta cruza a anterior para formar a figura de um oito.
Finalidade: Cobre as articulações; o ajuste apertado de faixa fornece uma excelente imobilização.



RECORRENTE:



A faixa é primeiramente segura com duas voltas circulares ao redor da extremidade proximal da parte do corpo em questão; faz-se uma meia-volta perpendicular para cima a partir da ponta da faixa; o corpo da afixa é trazido sobre a extremidade distal da parte do corpo a ser coberta e cada volta é dobrada sobre si mesma.
Finalidade: Cobre partes irregulares do corpo, tais como, a cabeça ou um membro amputado.







Um trabalho realizado em uma reunião clínica de fisioterapia no Hospital Salgado Filho, em janeiro de 2002, o fisioterapeuta mostra com bastante objetividade a eficácia da bandagem de ombro no meio clínico. A bandagem de ombro tem como efeito, melhorar o feedback proprioceptivo e ajuda a melhorar o ritmo escápulo-umeral e a posição da articulação. Os procedimentos primários para o uso de bandagem são a limpeza do excesso de óleo da pele, aplicação de um adesivo hipoalérgico com gel sem tensão para então aplicar uma fita rígida, de óxido de zinco com tensão.

Neste trabalho o doutor mostra os vários métodos de bandagem no ombro e a sua função, como os que se seguem:

-Alça de Aliingham: utilizada nos casos de síndrome do manguito rotator (casos agudos e sub-agudos). Melhora a capacidade de contração do grupo longitudinal de fibras do trapézio e permite reparo apropriado do supraespinhoso por aumento do espaço subacromial.



-Alça de Watson: utilizada em pacientes com “ombros caídos”, melhora a propriocepção e feitos mecânicos.



-Bandagens de estabilização de escápula: inibição do trapézio superior utilizando grupo lateral de fibras musculares para reduzir o recrutamento.



Facilitação do serrátil anterior e rombóides.



Facilitação da retração escapular e depressão.



-Alça Acrômio-Clavicular: reabilitação de lesões de ligamentos ao redor da articulação acrômio clavicular.



-Alça de Rigney: possui um efeito mecânico, onde reduz a rotação externa disponível no ombro na abdução e um efeito proprioceptivo, melhora o feedback aferente para o sistema nervoso central. O córtex sensório motor passa a acreditar que a cápsula e os músculo estão em melhor comprimento do que na realidade = contração antagonista para limitar o problema de movimento, orientando apropriadamente a cabeça do úmero e reduzindo a abertura anterior.





3.CONCLUSÃO

A bandagem é uma modalidade amplamente utilizada e tem demonstrado grandes benefícios no meio clínico. Tem muitas funções como a de exercer pressão sobre uma parte do corpo; imobilizar uma região; fixar curativos, proteger feridas. São vários os tipos de bandagem, são especificas para cada caso, e várias são as técnicas que os profissionais de saúde devem saber para aplica-la. A bandagem e o retreinamento do movimento tem o adicional de fazer o paciente estar ciente do todo, que é alterar os fatores do caso da lesão e reduzir a probabilidade de recidivas. Este efeito e o alívio dos sintomas podem tornar a bandagem uma importante parte da reabilitação.

Bandagens Funcionais em Fisioterapia

Bandagem refere-se a faixas de tecido adesivas ou não para aplicação sobre a pelecom objetivos terapêuticos, por exemplo, para inibir, conter e limitar um movimento doloroso ou patológico.
Terminologia Internacional:
· Bandagem
· Vendajes
· Pretaping ou wrap
· Souple
· Straping ou Taping
· Tape
· Tape Cutter
· Tape Box
Objetivos
· Proteção e suporte com função e movimento
· Retorno precoce as AVDs
· Prevenção de lesões e efeitos deletérios da imobilidade
Indicações· Distensões ligamentares grau l e ll
· Distensões musculares
· Prevenção de lesões ligamentares e musculares
· Fissuras de ossos longos
· Fissuras de costelas
· Após imobilização gessada
· Luxações
· Lesões capsulares
Contraindicações
· Rupturas tendinosas, ligamentares e musculares
· Edema em formação
· Fraturas
· Deficiência vascular de retorno
Aplicação da Bandagem
a) Limpeza da área (benzina, spray)
b) Depilação
c) Posicionamento correto do local
d) Primeira ancoragem
e) Segunda ancoragem
Modo de Ação da Bandagem
· Mecânico
· Proprioceptivo
· Psicológico
Material Básico da Bandagem
· Faixa adesiva (esparadrapo)
· Faixa elástica não adesiva
Entorse de Hálux

  • (1º) Posicionamos o membro e limpamos a área com spray ou benzina.
  • (2º) Colocamos a primeira banda de ancoragem na cabeça dos metatarsos.
  • (3º) Colocamos uma segunda banda de ancoragem ao redor do hálux.
  • (4º) Colocamos a primeira banda ativa que beira a face interna do hálux e cabeça do primeiro metatarso.
  • (5º) Colocamos uma segunda banda ativa que vai desde a âncora do hálux a âncora plantar na face medial.
  • (6º) Colocamos uma terceira banda ativa que parte do hálux medial ao meio da âncora plantar.
  • (7º) Colocamos a quarta banda ativa da âncora do hálux medial e cruzamos para a região dorsal do pé ainda na face medial do mediopé.
  • (8º) Colocamos uma nova banda ativa que vai da âncora do hálux face lateral e cruza para a face medial do mediopé. (Seta em azul).
  • (9º) Reforçamos a bandagem com uma banda ativa que se origina da âncora do hálux e cruza para a âncora plantar. (Seta verde)
  • (10º) Colocamos a última banda ativa que origina do hálux lateral e cruza para a âncora plantar na face medial.
  • (11º) Colocamos duas novas ancoragens, a âncora plantar e a âncora do hálux.
  • (12º) Acabamentos da bandagem com uma bandagem com um reforço da âncora do hálux a âncora plantar na face medial.
Fasceite Plantar (Descarregar o arco longitudinal)
  • (1º) Limpeza da área.
  • (2º) Colocamos a primeira âncora na sobre a base dos metatarsos.
  • (3º) Colocamos uma primeira banda ativa que vai da face medial da âncora plantar e cruza região plantar e contorna o calcanhar, segue aderida a face medial do mediopé e insere-se próximo ao ponto de origem.
  • (4º) Outra banda ativa segue da âncora plantar na face lateral do antepé na base do quinto metatarso e cruza a região plantar contornando o calcanhar e insere-se próximo ao ponto de origem.
  • (5º) Reforços do passo 3 e 4.
  • (6º) Fechamos a região plantar com três bandas como a âncora plantar.
  • (7º) Finalizamos a bandagem com faixas longitudinais que se originam do dorso medial do pé seguem a face medial do pé cruzando o calcanhar e inserindo-se próximo ao ponto de origem na região medial do dorso do pé.
  • (8º) Último passo é a circundação da faixa na região plantar em cima da âncora plantar.
Prevenção de Entorse de Tornozelo
  • (1º) Após limpeza da área, colocamos as âncoras de fixação, uma na perna distal e outra circunda a região plantar ou mediopé. Repetimos esse procedimento duas vezes para reforçar as âncoras.
  • (2º) Colocamos a primeira banda ativa em forma de “U” que se estende da face medial da âncora da perna, cruza o retropé ou calcâneo e insere-se na face lateral da âncora da perna.
  • (3º) Reforçamos o passo 2, porém com a faixa um pouco mais distal.
  • (4º) Colocamos duas bandas de reforço em cima da âncora da perna.
  • (5º) Coloca-se uma banda que se origina da face medial da âncora da perna cruzando para face lateral sobre o maléolo lateral dando a volta ao redor do calcanhar em cima do tendão calcâneo e circundado o tornozelo e passando na região plantar do retropé em direção a âncora da perna na face lateral.
    Tratar a Dor no Compartimento Lateral

  • (1º) Começamos com as âncoras proximal e distal. Duas faixas cada âncora.
  • (2º) Colocamos duas bandas ativas na perna, uma lateral e outra medial de âncora a âncora.
  • (3º) Colocamos uma bandagem espiral na face anterior da perna de lateral a medial e vice-versa até fechar toda a perna anterior, depois reforçamos as âncoras proximal e distal.
Tratar e Prevenir a Tendinite Patelar


  • (1º) Primeiro colocamos um coxinho de EVA em cima da patela.
  • (2º) Colocamos uma primeira banda de âncora que circunda acima da patela.
  • (3º) Reforçamos a banda da âncora suprapatelar com uma nova volta da faixa
  • (4º) Cobrimos a bandagem com uma faixa elástica ou atadura.

Prevenção e Tratamento da Dor Femoro-patelar

  • (1º) Preparação da área a ser aplicada.
  • (2º) Colocamos uma faixa ativa infrapatelar que se origina de lateral para medial.
  • (3º) Colocamos uma banda cruzada de lateral para medial, passando em cima do tendão patelar.
  • (4º) Colocamos outra banda cruzada de lateral para medial, porém originando-se de baixo para cima como na foto.
Tratamento e Prevenção lesões da Musculatura Isquiotibiais

  • (1º) Colocamos a primeira banda de ancoragem a 1 cm abaixo da prega glútea.
  • (2º) Colocamos uma banda em “V” em cima da âncora e fixamos com uma nova banda, essa banda em “V” estende-se além do joelho. Repare que ela divide-se acima da fossa poplítea.
  • (3º) A ponta interna ou medial da banda “V” gira em torno do joelho passa na região infrapatelar (anterior do joelho) e insere-se na mesma banda “V” interna.
  • (4º) Mesmo procedimento do passo (3º), porém inverso.
  • (5º) Colocamos duas bandas ativas uma na face medial e outra na lateral da coxa, da âncora proximal a âncora distal, formada pela banda “V”.
  • (6º) Começamos a colocar as bandas de fixação que vão desde a face interna até a segunda banda de ancoragem na lateral da coxa.
  • (7º) Continuamos até cobrir toda a face posterior da musculatura isquiotibial, até pouco acima da divisão da banda “V”.
  • (8º) Colocamos uma banda ativa na face posterior, da âncora proximal a âncora distal e reforçamos essa banda ativa em cima das âncoras.
  • (9º) Colocamos bandas circulares na região poplítea em direção a região anterior do joelho.
  • (10º) Acabamos a bandagem cobrindo espiralmente de distal a proximal da musculatura.
Tratamento de Lesões da Musculatura do Quadríceps



Fisioterapia no Pré e Pós operatório de Lipoaspiração


A lipoaspiração ou lipossucção consiste na remoção cirúrgica de gordura subcutânea, por meio de cânulas submetidas a uma pressão negativa e introduzida por pequenas incisões na pele.
A lipossucção foi desenvolvida por Giorgio Fisher e seu pai, Arpad, entre 1974 e 1976, quando publicaram seu primeiro trabalho. Mais tarde foi aprimorada e divulgada por Illouz e Fournier, em Paris. Lawrence Field em 1977 foi o primeiro norte-americano a visitar a Europa para estudar a lipoaspiração.
A lipoaspiração corresponde atualmente a uma técnica simples, rápida, pouco dispendiosa e, quando bem indicada, isto é, em adultos saudáveis com gordura localizada, apresenta excelentes resultados.
No passado as lipoaspirações eram realizadas pelo método "seco", sem nenhuma infiltração líquida(solução, contendo baixa concentração de lidocaína, epinefrina e bicarbonato de sódio com objetivos anestésicos e hemostáticos.), provocando sangramento intenso, com sérias complicações pós-operatórias - hematomas, infecções, embolia gordurosa, trombose e perfurações. Em 1987 Jeffrey Klein publicou a técnica "tumescente" com a utilização da solução de Klein, tornando possível realizar cirurgias de lipoaspiração com anestesia local, de forma segura, dispensando a anestesia geral, de maior risco cirúrgico, dispendiosa e que demanda sofisticada retaguarda técnica e profissional.
As cânulas também evoluíram a medida que houve necessidade de diminuir a incidência de seqüelas deixadas, como a formação de sulcos e depressão nos tecidos, que se dava pelo excesso de tecido gorduroso retirado.
Para uma melhor recuperação pós cirúrgica, as intervenções fisioterapêuticas devem iniciar desde o pré operatório, com uma minuciosa anamnese e exames físicos, cinesioterapia, massoterapia, eletroterapia e atividade física focando bastante o fator aeróbio.
PRÉ OPERATÓRIO
Cinesioterapia:Avaliação postural e sua respectiva intervenção, distúrbios posturais, além de inestético, também podem ser indicadores de fraqueza ou desequilíbrio muscular, um exemplo clássico é a protusão abdominal que dá origem a famosa barriga postural.
Outra função importante do abdominal é a participação na expiração forçada,TOSSE, evitando complicações respiratórias, devido ao acumulo de secreções. Alongamento muscular. A atividade física pode ainda incrementar a circulação sanguínea e linfática, vitais no reparo tecidual.
Massoterapia: Objetivo de incrementar a circulação linfática e sanguínea, melhorar a penetração de produtos nutritivos e hidratantes preparando a pele para a cirurgia, conscientização postural e relaxamento global, diminuindo o stress físico e mental.
Eletroterapia: Pode atuar como auxiliar no incremento do metabolismo basal e fortalecimento muscular.

PÓS OPERATÓRIO

TENS: Analgesia, dor aguda TENS alta freqüência 75-200Hz, curto período de analgesia pós aplicação. Dor Crônica Baixa freqüência menos 25Hz maior período de analgesia pós aplicação.
CRIOTERAPIA: uso nas primeira 24h pós operatório proporciona redução do edema, hemorragia e se for aplicado por mais de 15minutos analgésica. Os efeitos também variam de acordo com a fase inflamatória, aguda, reparo e remodelação.
RICE: repouso- gelo- compressão( drenagem linfática, uso de cintas pós 42 ou 72horas) eelevação.
















Terapia do esparadrapo: toda cirurgia por menor que seja gera um hematoma que se não for bem tratado pode dar origem a fibroses de variados graus. Diversas técnicas são utilizadas para auxiliar a reabsorção do hematoma dentre elas estão o ultra-som, a corrente galvânica e atualmente a técnica do esparadrapo, dentre outras. Está técnica se basea no principio de estimulação exteroceptiva, técnica fundamentada na fusão de conhecimentos cinesioterapeuticos e da acupuntura. A técnica se dá pela colagem de fitas adesivas em espiral ou de reprogramadores, que geram efeitos importantes na reabsorção do edema e do hematoma.
Hematoma!

Atenção especial para a cicatrização: com a formação da cicatriz há uma alteração morfológica nos exteroceptores do local, tornando-os patológicos, com isso o corpo tende a a evitar o estiramento destes exteroceptores, gerando desvios posturais e ou biomecânicos dos movimentos. Segundo a medicina tradicional chinesa, as cicatrizes geram uma perturbação no fluxo do meridiano onde há a cicatriz.

Laser: Apresenta grandes benefícios na aplicação pos operatória, sendo responsável pelo desencadeamento de respostas como o aumento na tensão de ruptura de cicatrizes, modificação na motricidade do Sis. Linfático, possibilidade de angiogenese, assepsia e ótimos resultados em cicatrizes eritematosas, hipertróficas e pigmentadas.

Atividade física: cinesioterapia passiva, ativo assistida e passiva. Pode ser aplicada desde que não gere tensão sobre a cicatriz, sendo assim a atividade moderada promove uma drenagem linfocinética e acelera a cicatrização.
Porém já aviso, lipoaspiração só reduz, não impede que a gordurinha tanto odiada retorne com sede ce vingança, por isso adote uma alimentação adequada e pratique uma atividade física regularmente,não esqueça de dar uma passada na sua nutricionista e converse com seu educador físico FICADICA 

Existem varias outras tecnicas principalmente com eletroterapia, como ultra som corrente galvanica e varias outras, os recursos terapeuticos manuais também são de grande valia, como a massagem trasnversa de Cyriax, a drenagem linfática, manipulações e muitas outras.

Referencias:
GUIRRO, Elaine; GUIRRO, Rinaldo. Fisioterapia Dermato Funcional 3ºed 
 

Bandagem para Esporão de Calcâneo e Fascite Plantar

A dor no calcanhar é uma queixa relativamente comum na população geral, e mais comum ainda nos consultórios de fisioterapia. A fascite plantar é uma síndrome degenerativa da fáscia plantar geralmente resultante de microtraumatismos de repetição na sua inserção.
A etiologia aparentemente é multifatorial, sendo o componente mecânico frequentemente relacionado à origem dos sintomas. Acredita-se que as forças de tração durante a fase de apoio na marcha levam ao processo inflamatório, conseqüente periostite de baixo grau resultando em calcificação periosteal ou a formação do esporão. No entanto, a fascite plantar pode também estar associada a doenças sistêmicas, principalmente as de origem inflamatória.
O pé plano valgo pode favorecer o aparecimento da fasciíte plantar, pois aumenta a solicitação mecânica nessa estrutura. Porém, o pé cavo aumenta a pressão na tuberosidade inferior do calcâneo, podendo também favorecer esta ocorrência.

Aproximadamente 50% dos paciente com diagnóstico de fasciíte plantar tem também esporão de calcâneo.
[DeMaio M, Paine R, Mangaine RE, Drez D Jr. Plantar fasciitis. Orthopedics 1993;16:1153-1163]
pé varo 
O termo bandagem funcional refere-se à aplicação de algum tipo de fita protetora que adere à pele de determinada articulação. A bandagem quando aplicada corretamente, proporciona proteção e compressão. Neste post, irei ensinar a fazer uma bandagem extremamente simples que ajuda e muito no alívio dos sintomas causados por uma fascite plantar/esporão de calcâneo.
O que vamos precisar:
#1- Um rolo de esparadrapo impermeável Cremer (não ganho jabá da cremer, acontece que as outras marcas tem uma cola muito da vagabunda) pode ser branco ou cor de pele, tanto faz.
#2- Um rolo de esparadrapo antialérgico da mesma marca.
#3- Em alguns casos um barbeador pode ser útil.
OBS: quem tiver rolo de tape gringo específico para bandagem funcional pode usar também ;P

Muito bem, antes de iniciar a bandagem sugiro avaliar alguns movimentos do paciente que reproduzam a queixa ou que causem dores no tornozelo. Desta forma você terá um parâmetro de comparação antes/depois da bandagem e assim saber se o procedimento foi bem sucedido. Eu aconselho alguns movimentos bem simpes como andar na ponta dos dedos ou sobre os calcanhares e em casos um pouco mais leves saltar e aterrisar sobre os calcanhares (somente nos casos leves onde é difícil reproduzir a dor do paciente!!!!!!!!!)

Importante:
Esta bandagem é um recurso para alívio da dor, e deve ser sempre utilizada em conjunto com o atendimento de fisioterapia e nunca em substituição a este!

INDICAÇÕES DA BANDAGEM:
=> Dor no aspecto medial ou lateral do tendão de Aquiles, dor na planta do pé. Principalmente em casos de dor mais intensa quando a aplicação do método Mulligan tenha gerado alívio dos sintomas

FUNÇÃO
=> Pacientes com é varo ou valgo causam um desvio no tendão de aquiles, fazendo com que ele tenha um aspecto encurvado, e portanto, mais vulnerável à lesões.
A bandagem reduz a sobrecarga mecânica sobre o aspecto medial ou lateral do tendão (depende se o pé é varo ou valgo), alterando a transmissão das forças de tensão sobre o tendão.

POSIÇÃO DO PACIENTE
=> em prono, com os pés relaxados para fora da maca.

APLICAÇÃO (como exemplo usaremos um paciente com pé varo)
1-Aplique o esparadrapo antialérgico (uma tira de mais ou menos 3 dedos de largura e 15 cm de comprimento) no aspecto lateral do tendão e tracione-o medialmente.
2-Ajude com seu dedo, desviando ainda mais o tendão medialmente de forma a tentar posicioná-lo em uma posição neutra, corrigindo a convexidade.
3-Após aplicar esta primeira tira, aplique sobre ela uma segunda tira agora utilizando o espoaradrapo impermeável, repetindo o mesmo porcedimento do item "2".

CHEQUE A FUNÇÃO
Lembra daqueles testes que eu pedi pra você fazer com seu paciente? Pois bem, hora de repetí-los. Se a bandagem foi aplicada corretamente o paciente deverá sentir alívio dos sintomas, algumas vezes alívio total, mas fique contente com uma melhora de 50%.

CONTRA INDICAÇÕES
Se o esparadrapo aumentar a dor retire-o imediatamente.
O esparadrapo deve ser retirado em 48hs (normalmente ele sai antes disso) ou a qualquer sinal de irritação da pele (alergia)

DICA
Por ser um procedimento extremamente fácil, é útil treinar alguém da família do paciente para que seja feita bandagem em sua própria casa.

Fonte: http://fisioterapiahumberto.blogspot.com/2008/12/bandagem-para-esporo-de-calcaneo-e.html

A aplicação da bandagem funcional depende de vários fatores

A disposição, colocação e tensão destas fitas variam de acordo com o objetivo e a anatomia da parte do corpo a ser tratada.
A eficácia da bandagem depende da técnica de aplicação, do tipo de material, do tempo de utilização e do tipo de prática esportiva, ou seja, é necessário conhecer o mecanismo que causou a lesão e as estruturas envolvidas no movimento que o terapeuta quer evitar, facilitar ou potencializar.

Outros objetivos da bandagem funcional também podem ser alcançados:

  • Corrigir a biomecânica de uma articulação ou tecido;
  • Comprimir uma lesão recente para reduzir o edema e evitar dor;
  • Limitar movimentos articulares não desejados ou potencializar movimentos articulares desejados;
  • Facilitar o processo de cicatrização sem estressar as estruturas lesadas;
  • Proteger ou dar suporte as estruturas lesadas numa posição funcional durante os exercícios, além de prevenir a reincidência da lesão.

Cuidados na utilização da bandagem funcional

Alguns riscos devem ser evitados,  no caso de um atleta de alto rendimento, a bandagem irá permitir o retorno precoce aos treinos e a prática esportiva. Isso deve ser  bem ponderado para evitar que se lesione novamente e que esta lesão seja em maior extensão do que a primeira. Por isso o fisioterapeuta deve acompanhar este retorno a prática esportiva e avaliar a necessidade de reaplicação ou reposicionamento das bandagens, uma vez que dependendo de como ela é aplicada a resposta articular e/ou muscular é diferente.

Bandagem funcional como o Kinesio taping é indicado também para não atletas

Na prática clínica muitos pacientes não atletas também são submetidos a este recurso de reabilitação mesmo que pesquisas científicas ainda não consigam provar os benefícios, pois é difícil mensurar o nível de dor (que é diferente para cada pessoa) e se ocorre ou não um efeito placebo após a aplicação das bandagens. Ainda não se sabe também se os resultados obtidos por esta terapia são causados por efeito mecânico ou neuromuscular.
Apesar disso, quando usada corretamente, no contexto da patologia do paciente, presença de dor e da deficiência de movimento, surgem sim melhoras clínicas. Também é notória a confiança que o paciente tem e a segurança que demonstra ao praticar seu esporte ou em suas atividades diárias, uma grande conquista para o fisioterapeuta e para o paciente.


Read more: http://www.fiqueinforma.com/colunistas/kinesio-taping-o-que-e/#ixzz2EaA5gOis

Epicondilite Lateral - O que estamos fazendo ?

Há diferentes opiniões quanto à etiologia e o tipo de intervenção a adotar nos casos de epicondilite lateral do cotovelo.
 
 V 
Nirschl (1992) acreditava que a afecção é extra-articular na aponeurose dos tendões extensores e no espaço subaponeurótico triangular há a cirurgia para a liberação e o realinhamento das aponeuroses do extensor comum e do extensor radial curto do carpo, bem como a exploração do espaço subaponeurótico.

Mas inicialmente e principalmente mais frequentemente vamos pensar em tratamento conservador.

Osgood (1922) a sugestão de que a inflamação da bursa radioumeral seria a causa primária da afecção, enquanto Trethowan (1929) a correlacionou com a sinovite do cotovelo e Cyriax (1932) afirmou tratar-se de lesão do tendão do extensor radial curto do carpo, na sua origem no epicôndilo lateral, a causa da dor.

Bosworth(1965) enfatizou que a inflamação ou fibrose do ligamento anular é a causa da epicondilite lateral, supondo que tais alterações seriam causadas pela repetida rotação de uma cabeça do rádio assimétrica.

Já Garden (1961) responsabilizou a periostite traumática na origem do extensor radial curto do carpo, ocasionada por repetidas extensões do punho e supinação do antebraço como causa da epicondilite lateral do cotovelo.

Kaplan (1959) correlacionou a compressão dos ramos pericapsulares do nervo radial com os sintomas.

Mulligan (1993) fala de uma falha posicional do complexo do cotovelo.

Há diferentes opiniões quanto à etiologia e a adotar nos casos de epicondilite lateral do cotovelo.


Devemos estar atentos a diagnósticos diferenciais que com freqüência podem ser confundidos com a epicondilite lateral: as instabilidades articulares crônicas, a síndrome do duplo esmagamento com a compressão do ramo motor profundo do nervo radial na arcada de Frohse, no músculo supinador.

O objetivo desse blog não é ensinar protocolos de tratamento, mas sim abrir horizontes, expondo outros tipos de tratamento evidenciados clinicamente.
O objetivo é apenas melhor embasar o fisioterapeuta, para que este possa avaliar e planejar melhor o protocolo que irá utilizar. Devemos ter um pensamento inicialmente ergonômico para evitar que algum fator desencadeador dificulte a evolução do tratamento.

Entretanto, uma abordagem que utilizo e vi bastante eficaz, é a técnica da crochetagem, o mulligan (na posição em que o paciente apresenta o sintoma), a mobilização neural e exercícios de fortalecimento para essa musculatura.

Sempre baseando-se nos achados na avaliação!

Eu estava lendo um outro blog - Manual Therapy Mentor (está nos links ao lado) que apresentou uma abordagem interessante de retreinamento de músculos específicos, estabilizadores locais e globais do cotovelo.
Essa abordagem é baseada nos princípios da Sahrmann de disfunções do movimento e de disfunções no controle motor.

Por exemplo: a dominância do músculo Extensor Radial Longo do Carpo (ERLC), sobre o Braquial e o Braquiorradial como flexor do cotovelo, sobrecarregando a inserção dos extensores comuns do punho, no epicôndilo lateral, podendo resultar em dor na flexão do cotovelo que pode levar diminuição da ADM do cotovelo.

 


Estabilizadores Locais -

Ancôneo (fibras profundas) - são ativadas durante a pronação, supinação e extensão do cotovelo, promovendo estabilidade as articulações ulnoumeral e radioumeral.

Pronador Quadrado (fibras profundas) - está ativo durante a pronação e a supinação, sendo importante na estabilidade da articulação radioulnar distal.

Supinador (fibras radiais e ulnares profundas) - está ativo durante a supinação e pronação, estabilizando a articulação radioulnar proximal e radioumeral .

Estabilizadores Globais (produzem estabilidade durante a AMD) -

Braquial, Braquiorradial, Tríceps Braquial, Ancôneo (fibras superficiais), Supinador (fibras superficiais), Pronador Quadrado (fibras superficiais), Extensores e Flexores Ulnar do Carpo.
Ref.


http://www.manualtherapymentor.com/2010/05/25/when-manual-therapy-techniques-are-not-enough/ 

Sahrmann S. Diagnosis and treatment of movement impairment syndromes. St. Louis, Mo.; London: Mosby; 2002
Magee, D. J.; Avaliação Músculo esquelética. Manole:2005. 4 ed. São Paulo.
Artigos

Tendinopatia no Esporte



As tendinopatias são uma das lesões mais comuns no esporte pelo estresse e força gerada no tendão durante as atividades esportivas, o que aumenta o risco de lesões.
Movimentos repetitivos de determinados segmentos corporais e/ou posturas anormais que modificam o padrão normal das forças que o tendão pode suportar, são exemplos claros de mecanismos facilitadores de lesão tendínea. A lesão tendínea que resulta de fatores externos é comumente denominada deoveruse ou lesão por excesso de uso.
O tendão pode ser danificado por três fatores, tensão, compressão e/ou abrasão. O mesmo é pouco vascularizado e possui baixa taxa metabólica, necessitando de um tempo maior para resíntese de colágeno, diminuindo dessa forma seu processo de recuperação após a ocorrência de lesões.
Estudos histológicos de tendões utilizando ultrasom diagnóstico e Doppler apresentaram áreas de neovascularização no tendão. Foram avaliados tendões de calcâneo, patelar, extensores do carpo, porção longa do bíceps, supra-espinal, bíceps femoral...  Um desses estudos realizou um bloqueio neural mediante um anestésico local injetado na área que apresentava neovascularização o que eliminou a dor temporariamente. Estudos com análise imunohistoquímica que demonstraram a presença de estruturas nervosas adjacentes aos neovasos sendo que as mesmas não foram encontradas nos controles. 
Os autores concluíram que tais estruturas nervosas que acompanham os neovasos estão implicadas na dor presente nas tendinopatias.
Diversos estudos com análise histológica dos tendões normais e com tendinopatias, apresentam evidências cientificas suficientes para afirmar  que a patologia do tendão não é do tipo inflamatório mas sim degenerativo, como se demonstram os resultados das biópsias e os estudos radiológicos (ausência de infiltrado celular inflamatório e degeneração colágena) e ainda existe uma correlação entre a neovascularização e as mudanças estruturais e a dor nas tendinopatias.
Na literatura atual existem inúmeros artigos sobre a eficácia da utilização de exercícios excêntricos no tratamento das tendinopatias. Os resultados são bem eficazes, normalizando a função, reduzindo/abolindo a dor e melhorando a estrutura histológica do tendão. Os principais autores que estudam as tendinopatias são H. Alfredson, J. Cook, dentre outros.
Baseado na literatura estudada pode-se concluir que o exercício excêntrico é um meio de tratamento eficaz para as tendinopatias, com exceção da tendinose de inserção do tendão de Aquiles.
A evidência sugere que o exercício excêntrico contribui para melhorar as tendinopatias dos membros inferiores, possivelmente mediante a isquemia nos neovasos e reorganização colágena.

  O tratamento excêntrico utilizado é com altas cargas, sempre sintomático, antes do ponto de incapacidade funcional. O protocolo padrão mais utilizado é : 3 x 15 repetições, duas vezes ao dia, sete dias por semana. A duração média do tratamento é de 8 a 12 semanas. O exercício deve ser realizado lentamente, deve-se aumentar a carga quando a dor for mínima ou ausente. 

Outra técnica que apresenta boa resposta no tratamento das tendinopatias é a crochetagem.

A Crochetagem é uma técnica manipulativa fisioterapêutica, baseada na utilização de ganchos para o tratamento dos tecidos lesionados. Tem como objetivo remover aderências e/ou fibrose do tecido miofascial ocasionadas por disfunções mecânicas. 
A manipulação através do gancho sobre o tecido cutâneo promove realinhamento e restaura o movimento entre as fibras do tecido miofascial, restaurando assim, as características anatômicas.  A crochetagem tem apresentado bons resultados no tratamento das tendinopatias, pois promove uma hiperemia profunda melhorando a nutrição tecidual e otimizando a recuperação, visto que o tendão é pouco vascularizado, auxiliando na retirada de metabólitos do local, além de promover um realinhamento 

Outra técnica que apresenta bons resultados na abordagem de tratemento das tendinopatias é a Kinesio Taping, melhorando a vascularização local, corrigindo disfunções fasciais e reduzindo as tensões imposta no tendão, visto que dificilmente um atleta irá ficar 10 semanas tratando uma lesão sem treinar ou competir, a não ser que esta limite consideravelmente sua capacidade funcional.
A fisioterapia desportiva tem como objetivo identificar alterações biomecânicas do movimento, avaliar as condições fisiológicas do atleta e intervir precocemente, atuando de forma preventiva a possíveis lesões ou mecanismos lesionais conhecidos.
A fisioterapia desportiva deve utilizar todas as abordagens de tratamento disponíveis para otimizar o tratamento deste atleta.
Referências:
Alfredson H, Pietilä T, Jonsson P, Lorentzon R. Heavy-load eccentric calf muscle training for the treatment of chronic Achilles tendinosis. Am J Sports Med.26(3):360-366.

Chang H, Burke A, Glass R. JAMA patient page. Achilles tendinopathy. JAMA. Jan 2010;303(2):188.

Narici M, Maganaris C. Adaptability of elderly human muscles and tendons to increased loading. J Anat. Apr 2006;208(4):433-443.

Wasielewski N, Kotsko K. Does eccentric exercise reduce pain and improve strength in physically active adults with symptomatic lower extremity tendinosis? A systematic review. J Athl Train.42(3):409-421.

Síndrome de Disfunções do Movimento: disfunções lombares em remadores

Uma das lesões mais comuns em remadores é a lombalgia mecânica com incidência de 38.4%, sendo considerado o maior fator de afastamento dos treinos.
Durante 70% do movimento do remo o atleta está em postura de flexão lombar. Foram registradas angulações de até 55° acima do máximo de flexão considerada fisiológica. Em uma sessão de treino apenas, de 90 minutos de duração, foram registrados aproximadamente 1800 ciclos de flexão lombar.

As lesões de remadores são atribuídas principalmente à baixa qualidade técnica. Como o remo é um esporte com ciclos de movimento repetitivo, esta biomecânica ineficiente pode ser considerada um fator predisponente as lesões.
A coluna funciona corretamente, graças ao controle e ao suporte fornecido pela musculatura estabilizadora do tronco.

A disfunção do movimento se instala, caracteristicamente pelo tipo de postura prolongada ou os movimentos que o atleta realiza ao longo do dia.

A disfunção da coluna vertebral é a conseqüência de microtraumas cumulativos, cuja causa são as alterações posturais, a falta de controle dos músculos estabilizadores da coluna e aos padrões de movimento da coluna.

 “Em caso de disfunção, nosso principal objetivo consistirá em determinar o sentido do alinhamento, do estresse ou do movimento da coluna que regularmente desencadeia ou agrava os sintomas do paciente.”
S. Sahrmann

Comumente o local sede dos sintomas é o especialmente mais suscetível ao movimento, por tornar-se mais flexível que os outros pontos no qual acontecem os movimentos. Isto aumenta conseqüentemente, a flexibilidade no local que está sujeito aos movimentos repetitivos. Esse princípio segue a lei da física: o movimento se realiza no sentido de menor resistência.





 Realizando a correção, a coluna deixa de ficar sujeita aos estresses lesivos nos tecidos.

Os pontos-chave na prevenção e no tratamento da disfunção da coluna lombar são: a musculatura do tronco precisa manter a coluna e a pelve no melhor alinhamento possível; deve-se evitar excesso de movimento na coluna. Para isso, os músculos precisam ter o comprimento e a força adequados e precisam ser capazes de executar o padrão correto de atividades.

Durante os movimentos dos membros, os músculos do tronco precisam entrar em contração isométrica ideal para estabilizar corretamente as inserções proximais dos músculos dos membros.

O exame diagnóstico para a disfunção do movimento requer uma combinação de testes, a fim de determinar os fatores que contribuem para a disfunção, a partir daí, utilizar os testes positivos assim como correções posturais como método de tratamento dessas disfunções.
O diagnóstico das disfunções é baseado nos movimentos ou testes que provoquem ou agravem os sintomas e nos movimentos de tronco ou membros que induzam um movimento compensatório na coluna. Ex: paciente sentado realizando extensão unilateral do joelho, esse movimento pode levar a uma rotação posterior da pelve e conseqüente flexão lombar.











  A estabilização utilizando bandagens fixas ou elásticas, além de um programa capaz de corrigir as disfunções dos tecidos moles que contribuem para o estresse imposto à articulação em questão (o excesso de flexibilidade dos extensores de tronco, a rigidez da musculatura glútea, a fraqueza dos oblíquos externos, por exemplo), são meios eficazes para corrigir a disfunção.




Sistema de Classificação de Subgrupos para a Dor Lombar, Facilitando a Abordagem Fisioterapêutica



Dados sugerem que após um episódio de dor lombar, o problema persiste e pode demorar até 1 ano para o paciente se recuperar totalmente, sendo comum a reincidiva da lombalgia. Provavelmente porque a maioria das disfunções da coluna é a conseqüência de microtraumas cumulativos, devido as alterações posturais, conseqüente falta de estabilização e aos padrões adotados de movimentos da coluna.

Enquanto os fatores que contribuem para as estratégias de movimento utilizadas pelo paciente não forem modificadas, a dor lombar irá persistir ou retornar. Essas deficiências deixam de se instalar quando a coluna funciona corretamente, graças ao controle e ao suporte isométrico equilibrado que lhes são conferidos pela musculatura do tronco.

O alinhamento da coluna afeta as forças que atuam sobre ela, assim como o grau de atividade muscular. A restrição da mobilidade de uma parte da coluna leva ao aumento dos movimentos de outra parte da coluna.

Devido a isso, a maioria das disfunções da coluna deve-se ao excesso de flexibilidade em determinados segmentos. A diminuição da flexibilidade de alguns segmentos contribui invariavelmente para a mobilidade compensatória na região de maior mobilidade, no caso a coluna lombar.

Apesar do alto custo associado com o comportamento dos sintomas e freqüentes reincidivas da dor lombar, ainda existem poucas evidências sobre o assunto.
Alguns autores sugerem que a falta de evidências existe devido aos estudos sobre dor lombar utilizarem grupos heterogêneos, se fazendo necessário um sistema de classificação mais homogêneo.

Essa necessidade de classificar pacientes com dor lombar em subgrupos homogêneos tem recebida muita atenção na literatura recente, facilitando a abordagem do tratamento.

Até a presente data, nenhum sistema de classificação foi considerado aplicável em todos os pacientes com dor lombar, sendo ainda necessárias mais pesquisas sobre o assunto.

Um sistema de classificação de dor lombar é das Síndromes de Disfunção dos Movimentos (SDM), descrito pela S.A. Sahrmann.

O SDM possui 5 subgrupos relacionados a dor lombar que são consideradas as mais encontradas na prática clinica.  As categorias são denominadas baseadas na postura ou na direção do movimento que costumam provocar os sintomas.  As categorias são: flexão, extensão, rotação e as combinações, flexão com rotação e extensão com rotação, sendo esta última a mais encontrada, segundo Sahrmann.

A avaliação para identificar as disfunções mecânicas que contribuem para a lombalgia do paciente, inclui testes de movimentos ativos e testes de alinhamento postural nos quais os sintomas são provocados. O objetivo dos testes é identificar os movimentos do tronco e dos membros que provocam ou reduzem os sintomas do paciente.

Baseado nos resultados dos testes, o programa de tratamento pode ser construído, objetivando os testes que reduzem os sintomas do paciente e os testes provocativos, corrigidos. Abaixo eu descrevo um teste e seu teste corretivo.

Sarhmann baseia seus tratamentos, principalmente em corrigir os testes que provocaram os sintomas e as disfunções de movimento, ou musculares que facilitam essas disfunções, por exemplo: um paciente com síndrome de extensão, comumente apresenta sintomas durante o teste de flexão de joelho em prono.

Teste - Paciente em prono realizando flexão de joelho, o teste se dá positivo no momento que o paciente aumenta a flexão do joelho, aumentando a lordose lombar e gerando a flexão do quadril, devido ao encurtamento do músculo psoas/reto femoral e da falta de controle dos abdominais para estabilizar a coluna, provocando os sintomas.

- Flexão de joelho em prono
 
Posição inicial do teste, deitado em prono
 
Paciente realiza a flexão de joelho
 
Note a flexão de quadril e o aumento compensatório da lordose lombar



No caso do teste ser positivo, provocar os sintomas no paciente, é realizado o teste corretivo para avaliar se essa disfunção do movimento é responsável pelos sintomas do paciente. O teste corretivo, nesse caso, deve impedir o movimento da coluna lombar e avaliar se os sintomas foram abolidos ou diminuíram, considerando o teste positivo.

Geralmente essas modificações nos testes envolvem: (1) restringir o movimento na coluna lombar, encorajando movimentos da coluna torácica ou dos quadris, ou (2) posicionar a coluna lombar o mais próximo a posição neutra da coluna para executar o movimento.
Artigo de Referência


Esses achados são importantes, pois eles sugerem que a modificação dos testes sintomáticos podem fornecer uma abordagem clínica para identificar os movimentos ou posturas responsáveis pela manutenção dos sintomas do paciente, e auxiliar no tratamento deste paciente com dor lombar.


A teoria no qual se baseia a SDM é que a dor lombar do paciente se deve a: (1) movimentos do tronco e dos membros que induzem movimentos excessivos da coluna lombar e (2) posturas prolongadas da coluna associadas a uma determinada direção.


Esses movimentos repetitivos e posturas da coluna lombar são o resultado de estratégias de movimentos e posturas adotadas pelo paciente nas suas atividades diárias.


Segundo Sarhammn, essas estratégias de movimento, repetidas, contribuem para modificar o padrão de movimento (extensibilidade e força muscular e o padrão de ativação muscular - controle motor), levando ao padrão disfuncional que poderá gerar microtraumas articulares e nos tecidos, levando aos sintomas do paciente.


Referências:
Sahrmann S. Diagnosis and treatment of movement impairment syndromes. St. Louis, Mo.; London: Mosby; 2002 

 

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